segunda-feira, 8 de agosto de 2011

[POESIA] Soneto do amor liberto

Não jogue sobre mim o seu veneno,
não enfeie um sentimento tão bonito,
não estrague este clima tão ameno,
nem extinga o meu amor que é infinito...

O amor só sobrevive no carinho;
tolher-lhe os passos causa-lhe a morte:
é igual a aprisionar um passarinho;
lançar uma criança à própria sorte...

A face lisa do amor sem queixumes
é bem melhor do que um pranto enrugado
de quem sente e lamenta o amor passado...

Não jogue sobre mim os seus ciúmes,
que eu fico do seu lado de bom grado:
moro no céu sem nunca ter voado.

- Valdeci Ângelo Garcia

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